quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Society

Música de um filme que assisti há poucos dias, gostei muito e acho que vale a pena dedicar algum tempo à reflexão da sua mensagem. Chama-se "Into the wild" ou " Natureza Selvagem". Não vou me prolongar.
Abraços, Flep/Cocão


Society by Eddie Vedder

http://www.youtube.com/watch?v=Cy6iwP9Ux3A&feature=rec-LGOUT-real_rev-rn-1r-1-HM

It's a mystery to me
we have a greed
with which we have agreed
You think you have to want
more than you need
until you have it all you won't be free

Society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me

When you want more than you have
you think you need
and when you think more than you want
your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
'cos when you have more than you think
you need more space

Society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me
Society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me

There's those thinking more or less less is more
but if less is more how you're keeping score?
Means for every point you make
your level dropskinda like it's starting from the top
you can't do that...

Society, you're a crazy breed
I hope you're not lonely without me
Society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me
Society, have mercy on me
I hope you're not angry if I disagree

Society, crazy and deep
I hope you're not lonely without me

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Bem hoje uma de minhas professoras me inspirou a escrever uma critica a uma visão que considero no mínimo estranha...entao escrevi.E aqui estou postando, espero que voces achem a analise coerente e a critica plausivel.Um beijo a todos, Felipe Rodrigues.


O terno e a sua desimportância



Fundação Getúlio Vargas, temperatura perto dos 35º C, ar-condicionado desligado, alunos derretendo.Professora começa a falar sobre o trabalho final, explicando detalhe por detalhe à turma do 1º semestre o que é esperado de um trabalho desse porte. Não foi difícil, mesmo com todo o barulho e o clima massante, perceber a incoerência que nos estava sendo exigida: ao apresentar o trabalho, utilizar traje formal. Caso contrario, acarretará perda de nota.Essa exigência, mesmo parecendo insignificante para alguns, merece ser questionada. Será que o vestuário realmente reflete a qualidade de um trabalho/pessoa? E de onde surgiu essa necessidade e isso é adequada ao nosso contexto?

O nosso instinto, à priori, é dizer que o traje formal é sim adequado a situação, afinal estamos em uma escola superior que visa formar administradores de grandes empresas, economistas importantes e advogados ilustres. Se pararmos para analisar a questão de maneira mais profunda, porém, nota-se que ao adotar essas vestes, alem de estarmos dando continuidade à um padrão-modelo mal pensado, a faculdade esta indo contra alguns ensinamentos passados em sala de aula.
Primeiro o terno, ao que tudo indica, tem sua origem na França. O seu antecessor, por ser caro e de difícil confecção, era usado por nobres e pelo rei para indicar status social.Com o fim das monarquias, a burguesia, a nova classe em ascensão, com o intuito de reafirmar sua posição, passa a imitar o que costumava ser o vestuário nobre.Sem questionar a lógica disso tudo, o homem foi transmitindo essa tradição e esse simbolismo ao longo dos séculos e expandido-os à outros países.
Bem, o terno chegou ao Brasil e, à essa tradição, damos continuidade.Acho propício perguntarmos, então, qual a lógica de usarmos um terno?O Brasil é um país tropical, onde o terno, alem de perder uma de suas poucas e possíveis funções(sanar o frio), ganha uma enorme desvantagem prática: potencializar o calor. Logo, sobra ao terno o seu simbolismo. Por ser caro, talvez, de^ a idéia de pessoa bem sucedida/bem qualificada. Idéia um tanto equivocada, afinal, quantas pessoas tem^ muito dinheiro, mas no entanto são fúteis e/ou desocupadas?
Infelizmente, em alguns ambientes ainda não houve esse tipo de reflexão. E para nosso azar, a maior parte do ambiente de negócios ainda usa como critério para analise do um individuo o fator roupa formal.Como não sabemos com quem estamos lidando, somos obrigados à – contradizendo a razão – utilizar tais trajes.


No ambiente universitario, porém, os professores deveriam esclarecer esses tipos de heranças culturais ilógicas e desencoraja-los. É valido pensar que - enquanto discutimos em varias matérias questões ambientais, temos palestras sobre sustentabilidade, desenvolvemos projetos sobre responsabilidade social - também incentivamos o uso do terno, que fatalmente obriga um aumento na demanda pela compra/uso dos ar-condicionados.Enquanto buscamos alternativas para reduzir a degeneração do meio ambiente, criamos falsas necessidades que, alem de não trazerem benefícios práticos, geram um aumento no consumo de energia.Ha uma contradição explicita entre nossas idéias e nossas acoes.
Se a abolição do traje formal parece uma proposta utópica para alguns, cite-mos algumas empresas bem sucedidas que ja’ o fizeram : Citigroup, Time Warner, McKinsey, Google, Cadburry(produtos:Trident, Halls, Bubbaloo, etc), o banco americano Chase Manhattan, etc. Essa situação nos remete as perguntas iniciais,e talvez nos forneça as respostas. Se grandes empresas dispensaram os trajes formais, e não voltaram atrás na escolha, so’ pode significar que o abandono desses trajes não pioraram o desempenho da empresa, nem diminuíram a qualidade de seus serviços, mas, em alguns casos, ainda aprimoraram o seu desempenho, logo não faz sentido algum usa-los.
Se grandes empresas adotaram essa situação, não deviam nossos professores estarem estimulando-nos a fazermos o mesmo?Porque partir do pressuposto que um aluno vestido com roupas mais caras e quentes, fará uma apresentação melhor do que vestido com roupas confortáveis e adequadas ao nosso clima?A verdade é que isso é feito sem muita reflexão, é um costume que alguns interpretam como verdade absoluta.Como pessoas bem sucedidas se vestem assim, alguns observadores crêem que vestindo-se assim também serão bem-sucedidos, o que é um equivoco.
Em suma, creio que, seguindo essa linha de raciocínio, adotar o uso do terno em um país tropical é, de certa forma, irracional, e que merece ser repensada. Essa herança, deve ser questionada e desencorajada - principalmente em nossa faculdade. A reformulação recente do curso visa o aumento da criatividade,interação e participação dos alunos, então, parece-me,que deveríamos aproveitar o momento, propício, para reformularmos os pensamentos sobre a importância do vestuário, passando a focar em coisas mais relevantes para o crescimento da entidade como conteúdo e desempenho dos alunos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Contribuição do Brother(vulgo Leonardo)

Estava lendo alguns escritos do meu irmão e acabei encontrando esse,que mesmo inacabado,vale a pena dar uma lida,então resolvi postar.


Carta crítica
A Constituição brasileira é uma das mais belas do mundo, se não a mais bela. Qualquer ato que venha a desobedecer à Constituição (de maneira simplória, a Carta Magna do país, que diz os direitos e deveres do cidadão) será avaliado como crime e devidamente julgado. Somos todos iguais, e devemos ser tratados com igualdade. Todo brasileiro é livre, mas cuidado, a liberdade de um cidadão acaba no momento em que o mesmo não sabe usufruí-la.
Mas, vamos olhar por outro ponto de vista. Nossa Constituição é maravilhosa, porém, se o próprio Estado não a obedece, quem irá obedecer? Afinal, nossas faculdades não possuem cotas raciais? Em nosso Estado, o casamento gay não é proibido? Não era para sermos “livres”? Quem somos nós, para ditarmos a Opção sexual de outro ser humano? Pois bem, este é apenas um grande resumo de grandes atos criminosos de nosso Estado. Poderia citar também a corrupção exacerbada que ocorre em todas as áreas de atuação pública de nosso suposto “bom” governo.
O Estado DEVE cumprir com algumas simples tarefas, como a construção e manutenção de escolas públicas de excelente qualidade, construção e manutenção de hospitais públicos de maneira que não ocorra a falta de materiais e remédios. Não é o que vemos em nosso país. O governo não consegue ao menos arcar com a simples tarefa de fazer a manutenção do salário dos professores, talvez a profissão mais nobre que exista. Nosso PIB é extremamente alto, mas o governo não sabe utilizá-lo. Perdemos diariamente alunos com ótimo potencial, apenas por falta de incentivo governamental. Por que existem em nosso país escolas particulares? Em um país em que o PIB é tão elevado, pagar por escolas particulares é inaceitável. O cidadão paga impostos, e têm o direito de cursar em uma escola pública de qualidade. Porém não é isso que acontece. O brasileiro paga seus impostos e coloca o seu filho em uma escola particular de qualidade, enquanto outro brasileiro paga seus impostos e coloca o seu filho em uma escola pública(que já vêm implícito, que aqui no Brasil é de má qualidade). O aluno da escola particular obtém muito mais conhecimento.
Outro assunto que deve ser abordado nessa carta é a inviabilidade da quantidade de conteúdos que são ensinados em nossas escolas. Nossos alunos aprendem pouco de muito, e no final acabam esquecendo a maior parte do que aprenderam. O ensino não é objetivo, e muito menos prático. Saímos perdendo para a maior parte dos países na questão de educação. Os alunos que saem do Ensino Médio e não cursam Universidades, acabam não fazendo nada de seus diplomas. Utilizam a matemática para fazer simples contas de multiplicação, divisão, soma e subtração. A gramática permanece no nível mais simples, apenas o suficiente para a pessoa não ser chamada de analfabeta completa. A física seria usada mais vezes, mas durante o curso a pessoa é tão induzida a decorar fórmulas que acaba se esquecendo do uso básico da mesma. Da química, são utilizados apenas alguns processos de separação de misturas, as mais simples talvez. O brasileiro não sabe ao menos fazer uma critica fundamentada. Resumindo, a aplicação não é efetiva, da maneira que poderia ser...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Papo Cabeça ( Felipe's talk show)

A P R E S E N T A Ç Ã O : Esclareço,de início,que esse não será um texto que defenderá uma ideologia,ou que solucionará os problemas futuramente citados:tratar-se-á,simplesmente,de um texto expositivo - objetivando estimular à reflexão pessoal e permitir que cada leitor tire suas próprias conclusões.Espero que ninguém comece a leitura com um olhar preconceituoso - fato comum quando expomos problemas na sociedade gerados pelo capitalismo.

NOTA AOS CAPITALISTAS e SOCIALISTAS CONVICTOS : Por favor,amadurecer é necessário.Está claro, para minha pessoa, que nada adianta defender puramente uma das duas ideologias.
Primeiramente, o socialismo é um fracasso quando colocado prática.Basta olhar os exemplos de Cuba,China e URSS.Um modelo,comprovadamente falido,que muitos apóiam sem restrição alguma,alienando-se de toda e qualquer opinião divergente.Então não me venham com revoluções utópicas e idealizadas.
Bem,assim como o socialismo,o capitalismo também é um fracasso quando posto em prática.Infelizmente,o mundo, hoje, segue esse modelo e:-metade da população está passando fome;-guerras eclodem com justificativas ideológicas baseadas em seus princípios;-diferenças acentuam-se a cada dia;-e a racionalidade humana apresenta sinais de regresso.COMO PODE ESSE SER UM MODELO QUE FUNCIONE?COMO DEFENDER UM MODELO, CLARAMENTE, FALIDO?
A verdade é que somos a segunda geração sem uma ideologia, não temos uma causa descente, porque falta ao homem um ideal que funcione. Temos milhares de argumentos contrários ao sistema,sabemos centenas dos problemas do modelo atual,mas não temos respostas.Não temos soluções.Devemos,porém,trabalhar no sentido de achar paliativos,de refletir em busca de um conhecimento que torne nossa existência mais prazerosa.Chegamos,assim, a proposta do meu texto:iniciar um papo cabeça, como diria meu professor de história, objetivando colocar em cheque alguns problemas, muitas vezes ignorados, ou, na maioria das vezes,interpretados -graças a manipulação generalizada,marca maior do mundo contemporâneo- como situações normais,do nosso cotidiano.

Finalmente : O TEXTO


Atualmente, vivemos sob as regras da economia voraz capitalista. Lutamos pela sobrevivência a cada dia,focando nossos pensamentos em um objetivo tão comum,quanto -aparentemente- natural:a obtenção do lucro.Apesar desse não ser nosso único objetivo,a maior parte de nossas ações estão focadas em torno deste,o que me leva a imaginar que nossas outras ambições giram em torno deste desejo principal,são periféricas ao desejo de lucrar e, para isso trabalhamos.


Não nego que o capitalismo foi de extrema importância para o progresso humano, muito pelo contrário, nunca a humanidade produziu tanto, nunca a sociedade presenciou um padrão de vida tão alto. Se compararmos a vida de, politicamente correto falando, um cidadão desfavorecido, ou seja,de um pobre de hoje com um servo,ou melhor, com um nobre da Idade Média, notaremos que o pobre hoje vive,MATERIALMENTE, em condições muito melhores que um nobre de antigamente.O nobre não tinha acesso aos remédios,o nobre não possuía objetos de higiene,não tinha nenhum meio de transporte que não o animal,a comunicação era feita por cartas ou recados orais,enfim, um nobre não tinha muitas coisas que o pobre de hoje tem.


Se por um lado o homem nunca viveu tão bem materialmente, ele nunca viveu tão mal espiritualmente. A partir da Revolução Industrial muitos homens passaram a viver em função do trabalho e, hoje, atrevo-me a dizer que a maioria da sociedade "vive" o trabalho.Falamos como se fosse normal trabalhar 8/10/12 horas por dia,sem falar que é normal estarmos inseridos no magnífico modelo de 5 dias de trabalho para 2 de descanso -não é preciso entender muito de matemática para notarmos que essa relação está meio desproporcional.O mais interessante é que muitos quando saem do trabalho continuam a "viver" o trabalho: passam o resto do tempo pensando em como ganhar mais dinheiro,e como o gastar,como melhorar na empresa,como evitar perder o emprego,como acabar com a concorrência...A média de tempo trabalhado DE UM SERVO na Idade Média era de 3 horas por dia, durante, aproximadamente, 150 dias por ano.Hoje, nos parece um absurdo,mas só nos parece um absurdo porque nos acostumamos com exaustivas horas diárias de labor.Em relação ao trabalho, um empresário hoje,vive pior que um servo na Idade Média.Claro que não quero dizer que este sistema medieval era o ideal, longe disso - foi um período de obscurantismo e alienação - mas afirmo, com toda certeza, que estamos trabalhando muitoooo além do necessário, e que, até na Idade Média eles sabia disso.


Engraçado como cada século tem seu mal, e o do nosso século é o trabalho. Antigamente os males do século eram doenças,crises alimentícias,pestes,desastres meteorológicos - ou seja- coisas que matavam a população,situações em que o homem era levado ao limite até morrer.HOJE, morremos de infarto do coração.NÓS MORREMOS DE TANTO TRABALHAR.Isso mesmo - enquanto em outras épocas os males nos eram impostos pela natureza,hoje nos é imposto por nós mesmos.Porém, estamos tão ocupados, temos tantas coisas para resolver,sempre correndo de um lado para o outro,TRABALHANDO feito escravos,que não temos tempo de parar e nos perguntarmos se algo,nesse sistema,não está errado.

Nascemos,estudamos,trabalhamos. Juntamos dinheiro.Depois, quando podemos parar de trabalhar,estamos velhos,doentes,e aí temos que gastar dinheiro, esse acumulado ao longo da vida, para nos tratarmos em hospitais,mas sem nunca recuperar o que já foi perdido: a nossa saúde,a nossa juventude e o nosso tempo - esses NÃO PODEMOS COMPRAR,simplesmente estão perdidos.Ou seja,passamos metade da nossa vida nos matando,literalmente,de trabalhar, e a outra metade, gastando o que ganhamos para recuperar o que perdemos.


Esse é um sistema que subjuga todas as classes sociais. Notamos esse fenômeno em todas as classes,desde o pedreiro que faz "bicos" de motoboys durante a noite,até diretores de enormes multinacionais.Porém só um grupo de pessoas é capaz de mudar isso,e esse grupo é o das pessoas instruídas.Os que estudam,os que se intelectualizam são os responsáveis por alterar essa estrutura massacrante.


Hoje, estudamos para atingir uma condição medíocre de vida, uma condição em que não controlamos nosso cotidiano, uma situação em que somos movidos pelo lucro. Estamos todos viciados,viciados em capital e como todo viciado queremos fazer de tudo para satisfazer nosso vício.Esquecemos também que existem coisas mais importantes,coisas como o amor, a amizade, a paz, o lazer, A FELICIDADE. Refiro-me a felicidade permanente, a felicidade atingida apenas com o aperfeiçoamento espiritual, aperfeiçoamento de caráter, não a felicidade que nos é vendida, felicidade comprada e passageira. A GRANDE DIFERENÇA É QUE ESTUDAMOS, LOGO TEMOS O PODER DE ENXERGAR ISSO, O PODER DE ENTEDER O PROBLEMA E A CAPACIDADE DE TENTAR MUDA-LO. Cabe a elite esclarecida realizar essa mudança.

FIM DO PRIMEIRO ATO

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu e Eu mesmo

Toda vez que tento compreender a racionalidade humano deparo-me com a nossa natureza complexa e egoista.Refiro-me tanto ao ambito individual,como ao global.



Quando paramos para fazer uma analise mais aprofundada percebemos que grande parte de nossas atitudes e decisoes sao impulsionadas pela nossa necessidade de melhorar,o que nem sempre implica o uso da etica.



No plano individual podemos citar nossa tentativas de justificar nossas acoes,mesmo quando erradas,de maneira a nos favorecer.Percebi que quando faco algo que fere meus principios,ou seja que incomoda minha "consciencia", tento os justificar internamente para livrar-me do sentimento de culpa.A conclusao que cheguei e' que isso deve ser uma briga entre o intelecto,a razao,contra os nossos extintos,nossa necessidade,natural,de querer ganhar sempre;nao afirmo que e' impossivel prosperar so com os extintos,mas creio que as vezes utilizamos a razao para nos criticar e outras para nos eximir da culpa.Segue,hoje, valida entre os homens,mesmo que discretamente, a teoria Maquiavelica: " O fim justifica os meios".



Ate mesmo a caridade e a doacao,creio eu,sao atitudes que visam,inconscientemente,suprir o ego humano.Doamos, nao porque nao aguentamos o sofrimento alheio,mas sim porque queremos nos sentir melhor.Trata-se quase sempre da satisfacao do proprio individuo,quase nunca a do outro.Talvez isso seja um tipo de hipocrisia que aferimos inconscientemente,reclamamos aos que nao doam ou fazem caridade,dizemos que eles nao se importam com os outros,mas sera que no's realmente nos importamos?Se o real objetivo fosse aliviar qualquer dor provocada pelo sofrimento alheio doar-nos-iamos por inteiro.Ou seja,doariamos ao maximo ate ficar quase no mesmo nivel dos que sofrem.Mas essa possibilidade parece fora de questao,excetuando alguns poucos que dotados de grande inteligencia,mas,principalmente de grande sensibilidade humana,doaram-se ao ponto de ficarem sem nada.Gosto de citar como exemplo Ghandi,que era muito rico,grande advogado e empresario indiano(coisa que muitos desconhecem) que para defender sua filosofia de vida e ajudar o povo a se libertar,abriu mao de todos seus bens materias e mais tarde da sua propria vida.

A boa analise sobre as proprias necessidades e situacoes tem que ser feitas de maneira fria,evitando os nossos sentimentos e nossa vontades,o que raramente e' possivel.Quando nos deparamos com a escolha entre vantagens individuais e bem estar coletivo nos auto enganamos para justificarmos,racionalmente,a escolha do primeiro.Nesse caso e' engracado o fato de os frios e calculistas serem os que aprimoram o mundo,enquanto que os sentimentais aprimoram apenas a si mesmos.

Sei que nao posso opiniar muito sobre o pensamento humano porque,ainda,nada sei sobre filosofia,sociologia,sobre a psique humana,enfim,nada sei sobre nada.So sei o que observo, o que pode ser muito tendencioso e distorcido.Pouco tempo tenho para debater com alguem minhas ideias,entao por equanto escrevo baseado no achismo.Em breve espero poder aprimorar todas essas opinioes,mas por enquanto ficarei com a opiniao de que somos individualistas e egocentricos.

domingo, 1 de março de 2009

Mais solitario que um paulistano

Domingo,01/03,acordo e olho pela janela:o dia esta lindo,a cidade agitada,pessoas riem,conversam,passaros cantam.
Eu,porem,estou sozinho,estado em que tudo perde a graca.A mais bela das musicas me parece feia,o dia sem graca e a cidade monotona.E,como e' domingo,nao tenho nada o que fazer.Ocio,escolha errada.Pessima combinacao.Ocio e solidao nao devem estar juntos.Minha mente comeca a trabalhar,olho para a vastidao de predios e imagino que cada um deve estar com sua familia,com seus amigos,imagino se tem mais alguem perdido,solitario.Nesse momento lembrancas vem a cabeca,familia,amigos,bons momentos,outro sentimento comeca a tomar forma:a saudade.Saudade somada a solidao em um Domingo de sol...
O que estaria eu fazendo se tivesse ficado em Brasilia?Escolha tomada,consequencias sofridas.Estranho como hoje foi a primeira vez que parei para pensar,realmente,na minha situacao.Acho que ainda nao tinha parado e encarado os fatos.Uma nova vida toma forma,cada vez mais expressiva,alimentando-se da antiga rotina,a destruicao de uma realidade para a construcao de outra.
Tudo isso aconteceu porque nao organizei meu tempo,deixei reservado a manha de domingo para nao fazer nada.Nunca ficamos sem fazer nada.A cabeca nao para,os pensamentos sao constantes.Para piorar eu nao me sinto em casa,sei que essa cidade nao e' minha.Minha familia e amigos estao longes.Entendo agora o porque de tantas musicas,poemas,pensamentos sobre a solidao.
A sorte e' que o ser humano lida bem com as diversidades,e o culpado por eu estar assim-o tempo- tambem sera' o responsavel por minha superacao.Como dizia Alceu Valenca "a solidao devora.E' amiga das horas,e' prima irma do tempo e faz os nossos relogios caminharem lentos".
Escrevi porque precisava me distrair,ja sinto-me melhor.Vou sair agora,andar,procurar gente.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Muda-se o ser, muda-se a confiança.
Todo o mundo é feito de mudança.
Tomando sempre novas qualidades."

Camões